Pressionado politicamente, o comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, optou por discutir o caso do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello com todo o Alto Comando da Força. O comandante indicou a auxiliares que deseja uma solução de consenso sobre o que seria ato de indisciplina de Pazuello.
Nesta quarta-feira, 2, Paulo Sérgio levou a situação do general de Divisão da ativa, flagrado em manifestação política ao lado do presidente Jair Bolsonaro, à apreciação do Alto Comando. A reunião, no Quartel-General do Exército, contou com um grupo restrito de generais, alguns presencialmente e outros por videoconferência.
Ao fim do encontro, porém, Paulo Sérgio decidiu postergar sua decisão sobre o caso, usando do prazo que se estende até a semana que vem para concluir a apuração de transgressão disciplinar. Militares que acompanham os desdobramentos do assunto dizem que o comandante ainda indicou qual será sua posição, mas a maioria dos generais defende a punição. As opções mais citadas são uma advertência verbal, a mais branda delas, que pode ser feita reservadamente, e uma repreensão por escrito, que tem de ser publicada em boletim interno do Exército.
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