Porto Alegre, sexta, 18 de outubro de 2024
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Crise nas carnes afeta consumidor e indústria; Jornal do Comércio

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WENDERSON ARAUJO/TRILUX/CNA/JC Rafael Vigna, de São Borja

 

 

O churrasco está mais caro. Cortes tradicionais da churrasqueira e da mesa gaúcha, como a costela e a picanha, acumulavam alta de 17,6% e 29,7%, respectivamente, no fechamento de 2020. Nos primeiros quatro meses do ano, subiram mais 4,18% e 3,69%, segundo o IPCA, índice oficial de inflação medido pelo IBGE. Diferentemente de 2019, quando os preços também dispararam, agora, não se trata de um ajuste de mercado, nem de um fator isolado, mas, sim, de algo mais amplo. O problema é que a atual conjuntura não aperta apenas o bolso do brasileiro, e sim, começa a pressionar os 15 mil empregos diretos, e os outros 50 mil indiretos, envolvidos na indústria pecuária gaúcha.

São vários os aspectos que contribuem com a alta da carne bovina. O primeiro é o aumento dos custos de produção. Em 12 meses, por exemplo, o Índice de Preços de Custos de Produção (IICP), medido pela Farsul, acumula alta de 21,72% – a maior de toda a série histórica iniciada em 2010. Na comparação, com o IPCA (6,76% em 12 meses), é possível avaliar que a inflação tensiona de maneira mais severa os produtos agropecuários.

Na outra ponta da cadeia, na indústria, onde o repasse ao consumidor é consolidado, o aperto também se justifica pela baixa oferta de gado no campo. Trata-se de um fenômeno nacional, mas bastante potencializado no Rio Grande do Sul. Entre 2015 e 2019, por exemplo, o Estado perdeu quase 2 milhões de cabeças, passando de 13,4 milhões para 11,9 milhões no período.

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