Porto Alegre, sexta, 18 de outubro de 2024
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'Decisão deixa Exército em situação inédita de submissão', diz cientista político Carlos Fico; O Globo

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Historiador teme que postura da Força de não punir o general Pazuello dê ‘sinalização perigosa’ também para as Polícias Militares. Carlos Fico, historiador e professor da UFRJ Foto: Fernando Souza / Fernando Souza

 

 

Especialista em estudos sobre a ditadura militar, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Fico avalia que a decisão do Exército de arquivar o procedimento administrativo que havia sido instaurado contra o ex-ministro e general da ativa Eduardo Pazuello por participar de um ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro coloca as Forças Armadas em uma inédita posição de submissão.

O historiador credita a não punição a Pazuello — ocorrida após pressões de Bolsonaro, que nomeou o ex-ministro para um cargo no Palácio do Planalto esta semana — ao envolvimento que ele chama de “promíscuo” das Forças Armadas, sobretudo do Exército, no governo Bolsonaro. Para ele, a decisão dá uma sinalização perigosa não só para os oficiais como para as Polícias Militares, que se sentirão autorizadas a adotar posicionamentos políticos, além de colocar em descrédito o atual comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

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