Porto Alegre, sábado, 19 de outubro de 2024
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Plácido Domingo diz que acusação de assédio foi “julgamento midiático”, mas que “não se pode apagar o passado”; RFI

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Plácido Domingo volta aos palcos parisienses, dois anos após as acusações de assédio sexual: “não se pode apagar o passado”, diz o cantor. AP - Riccardo De Luca

 

 

Quase dois anos depois de ter sido acusado de assédio sexual – que sempre negou –, o cantor lírico Plácido Domingo se apresenta em Paris, nesta segunda-feira (21). Ele aproveitou a ocasião para falar do impacto das acusações em sua carreira.

Ainda considerado por muitos como o “rei da ópera”, o cantor espanhol de 80 anos está em Paris, pela primeira vez desde janeiro de 2019, para um recital na Sala Gaveau. Nos últimos meses, ele se apresentou em Moscou, Madri e Munique.

Em sua passagem pela capital francesa, desabafou com jornalistas. “Foram meses realmente difíceis, mas já passaram, e estou feliz por ter me reconectado com a imprensa de uma forma muito sincera. Eu me equivoquei em não fazer isso antes, porque tudo não passou de um julgamento midiático”, disse à AFP. Embora a entrevista tenha sido presencial, as respostas relacionadas ao assédio sexual foram transmitidas à agência de notícias por escrito, a pedido da equipe de comunicação do cantor.

Para Domingo, o “rótulo que costuraram” nele é “injusto” e “sem fundamento”. Mesmo assim, acredita que “hoje devemos olhar para os acontecimentos do passado com os olhos do presente, porque é justo refletir, a fim de abrir o caminho para uma nova sensibilidade e consciência”.

Segundo o cantor, “não podemos reescrever nosso passado. Devemos entendê-lo em seu contexto e criticá-lo, mesmo com severidade, se necessário, mas não há sentido em destruí-lo”.

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