Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
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Proposta do governo dá alívio a IR, mas tributa investimentos e desagrada mercado financeiro

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O Executivo defende reformulação do IR de pessoas físicas e empresas, mas eleva tributação de ganhos corporativos; para setor produtivo, medidas vão afugentar investimentos - argumento rechaçado pela Economia. A eleição de 2022 ditou os rumos das mudanças tributárias sugeridas pelo governo. Foto: Gabriela Biló/Estadão

 

 

O governo propôs ao Congresso uma ampla reformulação no Imposto de Renda de pessoas físicas e empresas, com desoneração para a classe média, mas aumento da tributação sobre o ganho dos grandes empresários. O mercado financeiro e o setor produtivo reagiram com o argumento de que o projeto vai afugentar os investimentos. O IR das empresas não caiu na proporção que os empresários esperavam do time liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Se aprovadas pelo Congresso até o fim do ano, as medidas entram em vigor em 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro pretende buscar a sua reeleição.

A proposta eleva em 31% a faixa de isenção do IR da pessoa física, que sobe dos atuais R$ 1,9 mil para R$ 2,5 mil. As demais faixas (7%, 15%, 22,5% e 27,5%) terão uma correção menor, em torno de 13%. O texto também acaba com o desconto simplificado, que fica restrito a quem recebe até R$ 40 mil por ano e permite uma atualização do valor patrimonial dos imóveis.

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