Uma recuperação desigual, lenta e com possíveis consequências na capacidade futura de produção das crianças hoje afetadas pela distância das salas de aula. São as projeções do economista sergipano Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial e membro sênior do Center for the New South, em entrevista ao Correio, por videoconferência, direto de Washington. Ele alerta para prováveis cicatrizes deixadas pela covid-19 na economia e na população. Para Canuto, elas serão determinantes na definição do potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que continua estruturalmente baixo.
O especialista em economia internacional ressalta que, durante a pandemia, o consenso das projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial é que “a recuperação está sendo desigual, inclusive, por conta da vacinação”. Ele considera que ao término da crise, o hiato entre países desenvolvidos e emergentes será ainda maior, ao comparar com o período pré-pandemia. Com impactos diretos na renda per capita da população.
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