Porto Alegre, domingo, 05 de maio de 2024
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Cortes de internet e aparição de Días-Canel mostram tensão de Cuba com impacto dos protestos; El Páis

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Sem sinal ou com acesso intermitente, país amanheceu sem incidentes como os da véspera. Presidente atribui atos a “pequeno grupo de contrarrevolucionários” que tenta “fraturar a unidade do povo”. MENEGHINI / REUTERS. VÍDEO EPV-QUALITY.

 

 

Havana amanheceu nesta segunda-feira com um importante esquema de segurança —milhares de policiais posicionados nos bairros mais conflituosos, lojas de moeda livremente conversível fechadas, restrições de acesso e ruas bloqueadas— nas áreas mais quentes dos protestos ocorridos no domingo, especialmente em Centro Habana e Habana Vieja, onde milhares de cubanos tomaram as ruas na maior manifestação contra o Governo desde os anos noventa. Essa expressão de descontentamento foi algo sem precedentes e um verdadeiro choque político para o Governo cubano, que reagiu acusando os Estados Unidos de encorajar o descontentamento.

Ao contrário do ano de 1994 —o chamado Período Especial, quando centenas de cubanos protestavam contra a precariedade econômica às vésperas da eclosão da crise dos balseiros—, o que aconteceu agora adquiriu dimensão nacional pelo poder de convocação das redes sociais, com protestos em diversas cidades do país que surpreenderam as autoridades. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que no domingo apelou aos revolucionários “para tomarem as ruas e enfrentar as provocações”, apareceu nesta segunda-feira na televisão acompanhado dos principais ministros de seu Governo e acusou Washington de intensificar o embargo para asfixiar a ilha e promover e uma “explosão social”, como parte de uma “estratégia de guerra não convencional” previamente ensaiada na Venezuela e em outros países.

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