Detido em uma delegacia após os grandes protestos de domingo, Guillermo Fariñas, um veterano dissidente do governo de Cuba, não acreditava no que via: dezenas de rostos desconhecidos, muitos deles adolescentes, enchiam o local.
Nenhum era membro dos círculos tradicionais de oposição, disse Fariñas. “Eu disse ao segurança que me prendeu: ‘Você vai ter que mudar’”, disse Fariñas, de 59 anos. “‘Este é o povo, e não apenas o povo, mas os jovens. Olhe para eles: eles decidiram que não vão apenas continuar deixando o país – eles querem uma mudança aqui.’”
Após uma notável onda de manifestações em Cuba no fim de semana, o governo deteve dezenas de pessoas em uma repressão que os ativistas descreveram como a maior em anos, talvez até décadas.
Um antigo ativista de direitos humanos disse que o número de prisões em todo o país era comparável apenas à repressão que precedeu a invasão de 1961 na Baía dos Porcos.
Leia mais em O Estado de São Paulo