O desgaste político de Jair Bolsonaro levou o presidente a negociar com o Senado para destravar as sabatinas de indicados a órgãos de controle da magistratura e do Ministério Público, agências reguladoras e postos no exterior. A oposição resiste a boa parte dos nomes da lista, que embute o aparelhamento pelo governo e um jogo de apadrinhamento político.
Nos bastidores, diversos senadores colocam em xeque o sistema de escolha para os cargos na administração pública. Avaliam que as articulações políticas do governo com sua base de apoio nas duas Casas acabou transformando as sabatinas em um processo “pró-forma” e o Senado em uma “agência de reserva de emprego”.
Foi o que disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES) no final do ano passado, quando o governo se antecipou e indicou Jorge Oliveira para a vaga de ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) sem que o posto estivesse vago.
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