Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Bolsonaro deve ter punição por promover tratamento precoce, diz senador integrante da CPI; O Estado de São Paulo

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Otto Alencar cobrou responsabilização do presidente por defender drogas ineficazes; reportagem do Estadão mostrou que Bolsonaro foi o principal influenciador favorável aos medicamentos nas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro promoveu remédios ineficazes contra a covid, como a hidroxicloroquina Foto: Dida Sampaio/Estadão

 

 

O senador Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Covid, cobrou neste domingo, 1º, a responsabilização do presidente Jair Bolsonaro pelo apoio do tratamento precoce ao longo da pandemia. A cloroquina e outros remédios defendidos pelo presidente não têm respaldo científico contra o novo coronavírus. O parlamentar se manifestou após o Estadão mostrar no domingo, com base em estudo da consultoria LLYC, que Bolsonaro foi o principal influenciador no apoio ao kit covid nas redes sociais no primeiro ano da crise sanitária.

A LLYC rastreou cerca de 20 milhões de menções a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina na rede social Twitter. No total, 1,85 milhão de contas foram analisadas. Com um algoritmo, foi possível organizar os perfis de acordo com a posição sobre o tratamento precoce: neutro, favorável e contrário.

No estudo, Bolsonaro é o principal influenciador sobre o assunto na plataforma no primeiro mês após o início da quarentena, de março a abril, e depois entre agosto e o fim de 2020. Alguns dos picos de menções ao assunto também estão ligados ao presidente – como em julho, quando ele divulgou ter se infectado e adotado o tratamento com hidroxicloroquina.

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