Porto Alegre, quinta, 28 de novembro de 2024
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Taleban impõe sua visão radical do islamismo em cidades já dominadas; O Estado de São Paulo

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Em Kunduz, os novos líderes insurgentes disseram que iriam respeitar os direitos das mulheres, mas moradores já vivem sob o jugo do terror. Simpatizantes do Taleban comemoram a chegada dos militantes insurgentes a Cabul. Foto: Jim Huylebroek/The New York Times

 

 

Era seu primeiro dia como prefeito de Kunduz nomeado pelo Taleban, Gul Mohammad Elias estava em apuros. No domingo passado, os insurgentes tomaram o controle da cidade no norte do Afeganistão, que estava em ruínas após semanas de combates. As linhas de energia estavam desligadas. O abastecimento de água, movido por geradores, não chegava à maioria dos moradores. Lixo e escombros espalhados pelas ruas.

Os funcionários públicos que poderiam resolver esses problemas estavam escondidos em casa, com medo do Taleban. Então, o comandante insurgente que se tornou prefeito convocou alguns para seu novo escritório, para persuadi-los a voltar ao trabalho.

“Eu disse que nossa jihad não é com a municipalidade, nossa jihad é contra os ocupantes e aqueles que os defendem”, disse Elias ao The New York Times. Mas, dia após dia, conforme os escritórios municipais ficavam quase vazios, Elias ficava mais frustrado – e sua retórica ficava mais dura.

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