Porto Alegre, quarta, 27 de novembro de 2024
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'Populismo eleitoral de Bolsonaro já aparece no mercado. A euforia acabou', diz ex-presidente do BC; O Estado de São Paulo

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Para Affonso Celso Pastore, os indicadores já refletem em parte o efeito da agenda populista do governo; economia enfraquecida em 2022 aumenta as chances de ruptura institucional. Para Affonso Celso Pastore, ex-diretor do Banco Central, a perspectiva para a economia em 2022 é muito ruim e isso abre a possibilidade de uma ruptura institucional Foto: Werther Santana/Estadão

 

 

Ex-presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastore diz que está “comprada” uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, ano de eleições, com a ação do BC para barrar o descontrole da inflação.

Ao Estadão, Pastore diz que o populismo eleitoral do presidente já está retratado na piora dos preços e indicadores do mercado. A euforia da “Faria Lima” (principal centro financeiro da capital paulista) e com a recuperação da economia e das contas públicas acabou, e os empresários também acordaram, avalia. “O empresariado acordou. O despertador tocou tão forte, que não deu para ficar dormindo”, afirma.

“A euforia foi embora. Agora, o risco já está aparecendo na Bolsa. Acabou o entusiasmo, a Bolsa devolveu o que tinha ganhado esse ano. Esse é o clima com o qual o nosso presidente vai entrar na campanha eleitoral de 2022.”

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