Porto Alegre, quinta, 18 de abril de 2024
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FMI suspende ajuda ao Afeganistão e Talibã pode enfrentar problemas financeiros para gerir o país; RFI

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Zabihullah Mujahid, porta-voz dos talibãs durante coletiva de imprensa. AP - Rahmat Gul

 

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira (18) que vai suspender o programa de ajudas para o Afeganistão por causa da situação instável gerada pelo tomada do país pelos talibãs. Sem acesso à ajuda internacional e com as sanções estrangeiras visando impedir a ação do movimento islâmico radical, o futuro de um dos países mais pobres do mundo é incerto.

“Como sempre, o FMI se guia pela comunidade internacional”, declarou um porta-voz do fundo à AFP. “E atualmente há uma falta de clareza na comunidade internacional sobre o reconhecimento de um governo no Afeganistão. Por consequência, o país não pode ter acesso aos Direito Especiais de Saque (DES) e outros recursos do FMI”, completou.

Algumas nações já haviam anunciado um congelamento de seu apoio econômico ao Afeganistão. Mas a declaração do FMI é o primeiro sinal oficial de pressão financeira visando os talibãs desde a tomada do país no domingo (15).

“O Afeganistão depende cruelmente da ajuda estrangeira”, destaca Vanda Felbab-Brown, especialista em Afeganistão no “think tank” americano Brookings Institution, para quem a quantia dos auxílios externos é, pelo menos, “10 vezes maior” do que a renda do Talibã. Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) afegão chegou a US$ 19,81 bilhões, enquanto o fluxo de ajuda representou 42,9% do PIB, segundo o Banco Mundial.

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