Em meio à saraivada de críticas às propostas de reforma tributária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 20, que prefere desistir do que aprovar uma proposta que piore o sistema – seja aumentando a carga tributária, ou taxando os mais pobres ou prejudicando os governo regionais.
“A desigualdade é enorme no Brasil porque a gente tributa errado. Não vamos fazer nenhuma insensatez. Quero deixar claro o seguinte: eu prefiro não ter reforma tributária do que piorar. Só que tem muita gente gritando que está piorando, mas é quem vai começar a pagar. Temos que ver mesmo se vai piorar ou não. Se chegar à conclusão de que vai piorar, é melhor não ter”, afirmou, em participação na segunda sessão de debates temáticos no Senado sobre a PEC 110/2019 da reforma tributária, que unifica os impostos sobre consumo de bens e serviços.
O governo enviou duas propostas de reforma tributária ao Congresso. A primeira prevê a unificação do PIS e Cofins num novo tributo, batizado de Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O texto foi enviado em junho do no ano passado, mas está com a tramitação parada. A segunda etapa, enviada em junho deste ano, propõe mudanças no Impoto de Renda cobrado sobre empresas, pessoas físicas e investimentos.
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