As cenas de caos no aeroporto de Cabul, quando centenas de afegãos se amontoaram em cima de aeronaves na tentativa de escapar da volta do Talebã ao poder central no Afeganistão, tiveram um significado distinto para Zabi, a milhares de quilômetros de distância dali.
“Eu dei um grito quando vi o povo caindo do avião”, conta – em português com sotaque – o afegão de 33 anos, que hoje mora em Minas Gerais (e cujo sobrenome será omitido para evitar a identificação de sua família no Afeganistão).
Desde então, Zabi mal dorme e passa o dia atrás de notícias dos pais, irmãos, sobrinhos e de sua mulher e dois filhos pequenos.
Como parte da família dele trabalhou para o governo (agora substituído pelo Talebã) e para os militares americanos, que deixaram o país, Zabi e seus parentes passaram a temer represálias do grupo fundamentalista.
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