Pressionado por 131 pedidos de impeachment, o presidente Jair Bolsonaro recuou nesta quinta-feira, 9, das ameaças que fez em discursos no 7 de Setembro ao divulgar uma nota na qual baixou o tom das últimas tensões e chegou até mesmo a elogiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Há dois dias, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha” e prometeu desobedecer decisões do magistrado. Agora, disse que as declarações foram feitas no “calor do momento”. O texto da nota em que tenta uma pacificação foi elaborado com a ajuda do ex-presidente Michel Temer, que Bolsonaro mandou buscar em São Paulo para uma reunião no Palácio do Planalto.
“Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, diz Bolsonaro. (leia a íntegra abaixo)
O Estadão apurou que Bolsonaro telefonou para Moraes para avisar que divulgaria a nota. Procurado, o ministro disse que não vai comentar. Na avaliação de ministros do Supremo, o recuo do presidente em relação às ameaças da véspera se deu por “medo de algo” e vão esperar se a “bandeira branca” se mantenha. Em conversa com a reportagem, um magistrado disse ter ficado surpreso com a intervenção de Temer.
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