A frieza de Salah Abdeslam, principal acusado no processo dos atentados coordenados de 13 de novembro de 2015 em Paris, surpreendeu o público presente na sala de audiência no Palácio de Justiça da capital francesa nesta quarta-feira (15). Único membro vivo do comando que deixou 130 mortos há quase seis anos, o jihadista afirmou que o massacre foi uma resposta aos bombardeios da França contra o grupo Estado Islâmico na Síria.
Neste sexto dia de audiência do processo dos atentados de 13 de novembro de 2015, o presidente do tribunal especial, Jean-Louis Périès, permitiu que cada um dos 14 réus fizesse uma “declaração espontânea e sucinta” dos crimes dos quais são acusados. Abdeslam foi o último a se pronunciar.
“Bom dia a todos. Por onde começar?”, declarou, com uma voz calma, contrastando com seu comportamento nos primeiros dias de audiência. Com a máscara abaixada, usando uma camisa preta, o franco-marroquino falou durante cerca de cinco minutos.
“Digo para vocês: combatemos a França, atacamos a França, visamos a população, os civis, mas, na verdade não foi nada pessoal. Visamos a França e nada mais”, afirmou. “O objetivo não é de colocar o dedo na ferida, mas de ser sincero”, reiterou.
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