O quadrinhista, jornalista e editor Otacílio Costa d’Assunção Barros, mais conhecido como Ota, foi encontrado morto hoje (24/09), em seu apartamento, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Recentemente, Ota vinha fazendo letras para algumas editoras de quadrinhos, como a Figura e a Tai, e estava envolvido com em duas republicações de seus trabalhos: Os estranhos hóspedes do Hotel Nicanor, pela MMarte (ele assinava os roteiros com o pseudônimo Juka Galvão e os desenhos eram de Flavio Colin) e A Garota Bipolar, que foi financiado pelo Catarse, pela Tai.
O editor da MMarte, Márcio Paixão, disse ao Universo HQ que trocou mensagens de Whatsapp com Ota na última terça-feira.
Ota nasceu no dia 4 de julho de 1954, no Rio de Janeiro. Começou nos quadrinhos na Ebal – Editora Brasil-América Ltda., de Adolfo Aizen. Inclusive, no álbum Chamada Geral – Epopeia, publicado em maio de 1970, ele é o garotinho que ciceroneia os convidados numa visita ao prédio da editora.
Em 1973, Ota foi para a Vecchi. No mesmo ano, lançou pela Górrion três números da revista Os Birutas.
Foi na Vecchi a sua grande fase nos quadrinhos, e ele trabalhou lá até 1983. Em 1974, Ota lançou a versão brasileira da revista Mad. Foi um grande sucesso. Em suas páginas, ele criou o Relatório Ota, uma das seções favoritas dos leitores. Acabou virando a “cara” da publicação por muitos anos.
Nessa época, também editou diversas outras revistas em quadrinhos infantis, infantojuvenis e adultas pela editora. Em 1977, foi responsável pela criação da Spektro, que iniciou com quadrinhos da editora norte-americana Gold Key e, aos poucos, por iniciativa de Ota passou a publicar materiais nacionais de terror.
Leia mais em Universo HQ