Um relatório de avaliação feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a gestão do Ministério da Saúde aponta uma série de fragilidades nos controles internos da pasta e sinais de má gestão em 2020. Um dos pontos listados é a falta de registros de entrega e recebimento de respiradores doados pelo governo federal aos estados durante a pandemia da Covid-19. Ao observar processos que constam no Sistema Eletrônico de Informações (SEI), o órgão chegou a identificar 4,8 mil aparelhos (72% dos procedimentos analisados) que não tinham informação sobre o receptor, além do sumiço constatado de 336 deles. O teor do documento, ao qual O GLOBO também teve acesso, foi antecipado pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo.
A auditoria da CGU analisou ao todo 114 processos de doação de respiradores aos estados por parte da pasta. De acordo com a análise, em 72 deles não havia comprovante de entrega dos aparelhos; em outros 11, só comprovação parcial — ou seja, faltavam documentos. Nos valores que constam na planilha elaborada pela Controladoria, conclui-se que, de um total de R$ 379 milhões em aparelhos, uma quantidade referente a R$ 273 milhões não constava como comprovadamente entregue. O ofício também criticou a forma como os registros foram feitos.
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