A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, deve propor em seu relatório final o indiciamento dos três filhos políticos de Jair Bolsonaro, além do próprio presidente. O parecer, que é assinado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), vai imputar uma série de crimes que teriam sido cometidos durante a pandemia pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos).
O Estadão apurou que Eduardo e Carlos devem ser indiciados por incitação a crimes sanitários. O artigo 286, do Código Penal, estabelece como delito “incentivar, estimular, publicamente, que alguém cometa um crime” e prevê pena de detenção de 3 a 6 meses e multa. Na avaliação da CPI, os dois filhos do presidente teriam atuado na propagação de fake news durante a pandemia, alimentando o negacionismo sobre a doença.
O parecer também deve imputar os crimes de advocacia administrativa, incitação ao crime e improbidade administrativa a Flávio Bolsonaro. O senador reagiu às acusações e afirmou que o relatório final é “uma alucinação” (veja mais abaixo).
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