A presença de público nas galerias da Câmara Municipal de Porto Alegre foi legítima e democrática, na tarde desta quarta-feira (20/10), quando ocorria a votação de veto do Prefeito Sebastião Melo referente à obrigatoriedade do passaporte sanitário na Capital. Nas imagens de todos os acontecimentos, é possível verificar que não houve qualquer tipo de invasão, como relatado por muitos, mas o público presente era um grupo formado em mais de 90% por mulheres, sendo muitas senhoras de idade, que estavam no seu direito de se manifestar.
Diferentemente do que foi divulgado, as imagens comprovam que as galerias foram invadidas por vereadores, sendo muitos da oposição, que encurralaram os manifestantes em um canto, originando toda a confusão. Vereadores atacaram manifestantes, coisa nunca vista, pois sempre ocorreu situação contrária no Parlamento. Manifestações políticas que se utilizem de violência de nenhuma forma são perfil de integrantes da direita, que estavam no Legislativo lutando por suas liberdades e contra uma medida autoritária, que é o passaporte sanitário, medida que não é por saúde, mas por controle e para barrar as liberdades dos indivíduos.
Quanto à afirmação de apologia ao nazismo, verificamos que a mesma é falsa, pois vimos as fotos do cartaz e elas mostram que era uma crítica ao passaporte sanitário como um instrumento nazifascista e não uma apologia ao nazismo. Ou seja, era exatamente ao contrário.
Cabe, mais uma vez, salientar que não sou contra a vacinação, mas à obrigatoriedade do passaporte sanitário. Tanto que entrei com habeas corpus no STJ contra o Decreto do governador Eduardo Leite que trata dessa exigência no RS. O processo aguarda a decisão do Ministro Relator Herman Benjamin.