Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Ameaça de inflação e piora na expectativa de crescimento econômico explicam aumento da Selic, diz FIERGS. Presidente Gilberto Porcello Petry analisa reajuste na taxa de juros

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Pesquisa da entidade mostra indústrias em dificuldades para pagamento de salários e presidente Petry vê necessidade de medida emergencial para manutenção de empregos Foto: Marcos Nagelstein/ Agência Preview

 

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nessa quarta-feira (27), de aumentar em 1,50 ponto percentual a taxa de juros, elevando a Selic para 7,75% ao ano, é encarada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) como cautelosa. Isso ocorre, segundo o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, em função da piora nas expectativas para a inflação, influenciada pelos aumentos nos preços de energia e combustíveis, e também pelas mudanças no ambiente de incerteza fiscal, que ameaçam a continuidade da retomada nos próximos meses. “A opção de alterar o indexador do Teto de Gastos para abrir espaço para novas despesas abre um precedente perigoso que altera o nível de risco-país e torna a inflação ainda mais persistente, tanto para consumidores como para produtores’, diz o presidente.

Dessa forma, entende Gilberto Petry, a decisão do Banco Central tem como objetivo combater a pressão sobre os preços, especialmente para aliviar a elevação dos custos da indústria, evitando uma perda ainda maior das margens em um momento tão desafiador para a economia brasileira.