O economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, costuma dizer que, no futuro, caberá aos psicólogos e sociólogos explicar a relação do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o presidente Jair Bolsonaro.
Amigo de Guedes e liberal como ele, Franco – que chegou a ser indicado para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), mas foi vetado por Bolsonaro por ter participado do governo FHC – expõe com fina ironia o enigma que cerca a permanência do ministro no cargo, em meio às rasteiras em série que leva do chefe.
Para quem acompanha o vai e vem da relação de Guedes com o presidente, é difícil entender o que o faz manter o seu “casamento hétero” com Bolsonaro, enquanto muitos de seus auxiliares já deixaram o governo, seja por terem se desapontado com o rumo das coisas, seja porque foram defenestrados por ordem do “capitão”.
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