O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) de setembro, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nessa quinta-feira (4), cresceu pelo quarto mês consecutivo, 0,6% na comparação ajustada sazonalmente com agosto. Com isso, acumula alta de 4,9% no período e recupera as perdas após o recuo de 3,4% registrado entre março e maio, por conta da segunda onda da Covid-19. Atinge o maior nível desde novembro de 2014, e fica 8,6% acima de fevereiro de 2020, antes da pandemia. “Os indicadores de setembro mostram que, mesmo com a desorganização na cadeia de suprimentos, a volatilidade cambial e os maiores custos de produção, o setor continua em recuperação, puxado tanto pela melhora do mercado interno quanto pelo aumento das exportações industriais”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
O IDI-RS é calculado a partir de seis indicadores. Horas trabalhadas na produção (2,8%), compras industriais (1%), utilização da capacidade instalada-UCI (0,7 ponto percentual) e emprego (0,5%) cresceram em setembro. A UCI, com 84,2%, e o emprego, em alta há 16 meses seguidos, atingiram no mês os maiores níveis desde outubro de 2008 e julho de 2015, respectivamente. Por outro lado, a massa salarial real recuou 0,4% e o faturamento ficou estável.
A comparação com 2020 também mostra um quadro positivo em setembro. Em relação ao mesmo mês, o IDI-RS cresceu 7,5%, e no acumulado de 2021, frente aos primeiros nove meses do ano passado, o aumento alcançou 15,6%.
ACUMULADO – Todos os indicadores do IDI-RS ficaram positivos nos primeiros nove meses de 2021, aponta a pesquisa da FIERGS. As compras industriais cresceram 38,4% relativamente ao mesmo período do ano passado, as horas trabalhadas na produção avançaram 17,8% e o faturamento real, 11,7%. A indústria gaúcha ocupou, em média, 80,3% de sua capacidade produtiva, 7,3 pontos percentuais acima de 2020. O emprego, 6,6%, e a massa salarial real, 4,7%, também tiveram elevação.
Entre os 16 setores industriais pesquisados em setembro, o nível de atividade no acumulado dos nove primeiros meses recuou somente em Madeira, mesmo assim apenas 0,2%, e em Máquinas e materiais elétricos, 1%. Os destaques positivos ficaram principalmente com Máquinas e equipamentos (35,5%), Produtos de metal (24,7%), Veículos automotores (20,4%), Químicos e derivados de petróleo (11,5%) e Couros e calçados (14,5%).
Segundo o levantamento, com os resultados favoráveis no ano até aqui as perspectivas para o setor permanecem positivas para os próximos meses, à espera de alguma melhora no fornecimento de insumos. Mas a incerteza aumenta com a piora nas projeções de crescimento econômico, a maior incerteza na política fiscal, a inflação e os juros em ascensão e a crise energética.
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