O Encontro Nacional e Internacional de Mulheres na Roda de Samba chegou à quarta edição e, pelo terceiro ano consecutivo, Porto Alegre estará representada entre as 37 cidades do Brasil e do exterior que vão mostrar os talentos locais femininos no samba e, coletivamente, destacar a grandeza das mulheres neste segmento musical tão importante para a cultura brasileira.
No Brasil serão 27 cidades, em 18 Estados e Distrito Federal representados. No exterior, 10 cidades confirmaram presença. Na América do Sul, Argentina, Uruguai e Chile; na Europa, Portugal, Holanda, Itália e França; e na Ásia, Japão.
A Roda de Samba executada por artistas mulheres será transmitida, como sempre, pelas redes sociais, simultaneamente, num grande encontro presencial e virtual, no Brasil e no exterior. Em Porto Alegre, o evento será no Bar Opinião (José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa).
A quarta edição do Encontro Nacional e Internacional de Mulheres na Roda de Samba vai homenagear Alcione, a “Marrom”, como é carinhosamente chamada, uma das maiores sambistas do Brasil. Ela carrega toda a força da mulher negra, sambista que é unanimidade como referência do samba feminino brasileiro. Alcione Dias Nazareth, nasceu em São Luís do Maranhão no dia 21 de novembro de 1947 e no dia 11 de dezembro de 2021 terá sua história e sua arte reverenciadas em 41 cidades do Brasil e do mundo por mulheres sambistas que a reconhecem como inspiração.
O evento idealizado pela cantora e compositora carioca Dorina Guimarães, cresce a cada ano desde a primeira edição, em 2018, agregando em cada edição mais cidades do Brasil e do exterior.
Em 2019, quando Porto Alegre participou pela primeira vez, o evento aconteceu na Rua da República, no bairro Cidade Baixa e reuniu mais de 40 instrumentistas e cantoras em homenagem à Leci Brandão.
Em 2020, com a pandemia da Covid-19, o Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba aconteceu de forma totalmente online em 26 cidades do Brasil e em outros países: Itália, Argentina, Portugal, Holanda e Japão.
Em 2021 participarão no Brasil: Porto Alegre, Curitiba, Londrina, Florianópolis, Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, Volta Redonda, Belo Horizonte, Juiz de Fora, São Paulo, São José do Rio Preto, Vitória, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Fortaleza, São Luiz, Maceió, Recife, Caruaru, Salvador, Natal, Aracaju, Manaus, Belém. No exterior: Paso de Los Libres e La Plata, na Argentina; Montevidéu, no Uruguai; Valparaíso, Chile; Lisboa, Portugal; Roterdã, na Holanda; Florença e Roma, Itália; Paris, França; e Tóquio, no Japão.
É importante ressaltar que as artistas são, na imensa maioria, mulheres negras, que vivem na periferia da capital com experiências de vida pessoal e profissional muito parecidas. Praticamente todas elas iniciaram suas carreiras artísticas acompanhando rodas e grupos de samba formados por homens. Nestes espaços presenciaram as dificuldades de aceitação, onde o preconceito se mostra mais frequente com relação às instrumentistas do que com as cantoras. Costumam relatar que para uma mulher instrumentista conquistar espaço em um grupo masculino, ela precisa provar para todos que o seu talento é indiscutível.
Portanto, o 4º Encontro de Mulheres na Roda de Samba de Porto Alegre carrega a responsabilidade de manter pulsante um movimento de afirmação e representatividade que se encontra em plena oxigenação e, por isso, precisa seguir em frente, enfrentando as situações impostas pela pandemia. Elas representam a força de artistas experientes e da nova geração de mulheres que se orgulham de estar na linha de frente, reconhecendo o caminho trilhado e aberto por mulheres inspiradoras como a Tia Ciata, que em 1854, aos 22 anos, levou o samba de roda para o RJ.
Serviço:
4º Encontro Nacional e Internacional de Mulheres na Roda de Samba
Dia 11 de dezembro, sábado
Das 16h às 22h
Bar Opinião – José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa – POA
Ingressos na Sympla
