Porto Alegre, sábado, 18 de maio de 2024
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Congresso amplia em quase 140% a previsão de emendas para 2022; O Estado de São Paulo

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Parlamentares querem R$ 112,4 bi em recursos públicos para seus redutos eleitorais; valor é recorde. Busca por recursos para bases eleitorais envolveu até mesmo ministros de Bolsonaro, que pediram exoneração do governo para reassumir os cargos na Câmara e apresentar emendas. Foto: Dida Sampaio/Estadão

 

Na ofensiva para controlar uma fatia maior do Orçamento da União, parlamentares apresentaram um valor recorde de emendas para 2022, ano de eleição. Ao todo, deputados e senadores querem R$ 112,4 bilhões em recursos públicos para financiar obras e serviços em seus redutos eleitorais, sete vezes mais do que já está reservado para o ano que vem. O valor representa aumento de 139% em relação ao que foi proposto em 2020.

Deste total, R$ 3,3 bilhões são em transferências diretas, que ficaram conhecidas como “emendas cheque em branco”, nas quais prefeitos e governadores podem gastar sem precisar prestar contas.

O apetite maior dos parlamentares se dá após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a suspensão dos pagamentos das emendas de relator, mecanismo do orçamento secreto usado pelo governo de Jair Bolsonaro para obter apoio no Congresso, revelado pelo Estadão. Os R$ 112,4 bilhões pedidos incluem outras modalidades de emendas: as individuais, as de bancada e as de comissões.

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