Em reunião realizada nesta quarta-feira (01) entre o prefeito Jairo Jorge e os integrantes do Conselho da Cidade de Canoas, foi decidido pelo cancelamento do Carnaval de 2022. Das 60 entidades que compõem o Conselho, 59 compareceram na reunião e decidiram, por unanimidade, pela não realização do evento, em função da chegada ao Brasil da nova variante do coronavírus, a Ômicron, que se mostra muito contagiosa.
Para o prefeito Jairo Jorge, esta foi uma decisão importante para não colocar em risco a saúde da população. “Temos muito receio do que pode acontecer. Esta variante ainda é pouco conhecida da ciência e pode nos levar a perder toda mobilização de vacinação que desenvolvemos até o momento.”
Jairo lembra que nos últimos 11 meses a cidade está trabalhando, acirradamente, para vacinar a população. “Mesmo com todo o empenho, estamos tendo algumas dificuldades para vacinar todos os canoenses”, diz o prefeito, ao reforçar que a população mantenha em dia sua situação vacinal.
Destacou ainda que, ao contrário da Semana Farroupilha e da Feira do Livro, que foram realizados na cidade, o Carnaval na sua essência é diferente. “Não temos como colocar as pessoas em um cercadinho e todo mundo ficar sem brincar no Carnaval. Então, é mais seguro cancelarmos em 2022 e, em 2023, fazermos um Carnaval bem bonito, com bastante alegria, incentivando blocos e escolas.”
Reunião com os carnavalescos
A decisão foi comunicada ao presidente da Associação de Carnaval das Escolas de Samba de Canoas, Noé Oliveira da Silva, ainda na quarta-feira, pelo secretário municipal de Cultura, Pinheiro Neto. Uma reunião entre integrantes da Secretaria de Cultura, Associação e carnavalescos será marcada para os próximos dias para informar, oficialmente, os envolvidos e traçar os próximos passos. “Valorizamos muito o trabalho das escolas de samba de Canoas, mas o momento é de cautela. A decisão foi tomada de maneira participativa, através dos integrantes do Conselho da Cidade, explica Pinheiro Neto.
“É importante sentarmos todos juntos e pontuar que o cancelamento não é uma decisão da Cultura ou da Associação. A situação atual da pandemia é que leva a tomarmos essa atitude. O principal é a saúde das pessoas”, diz Noé Silva.