Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Quarto dia de julgamento da Kiss expõe luta de sobreviventes para deixar casa noturna; Correio do Povo

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Testemunha de defesa revelou que uso de artefato já tinha sido vetado uma vez na boate. Foto: Ricardo Giusti

 

 

O quarto dia de julgamento do caso da Boate Kiss, tragédia ocorrida em 2013 em Santa Maria e que terminou com a morte de 242 pessoas, ocorreu neste sábado com o depoimento de três pessoas. A exemplo das sessões anteriores, a de hoje teve depoimentos contundentes e carregados de emoção, principalmente quando os depoentes Maike Adriel dos Santos e Cristiane dos Santos assumiram a palavra em frente ao juiz Orlando Faccini Neto. A luta para sair da casa noturna foi exposta nas duas manifestações, enquanto a testemunha de defesa Alexandre Marques recordou que o uso de artefato de fogo já havia sido vetado uma vez no local.

O sábado no julgamento da Boate Kiss começou com a testemunha de defesa Alexandre Marques sendo questionado diante do júri. Pouco depois das 9h, Marques, arrolado pelos representantes de Elissandro Spohr, iniciou um depoimento que duraria cinco horas.

À época da tragédia, Marques era produtor de uma banda chamada Multiplay, que já atuou dentro da Kiss. Nos shows do grupo, segundo informou, eram usados artefatos, como sputnik e chuva de prata. Ele explicou como eram feitos testes para o uso de pirotecnia, o que era levado em conta. “O teste era feito durante a passagem de som, levando em conta o pé direito do imóvel”, disse a testemunha. Ele também informou onde comprava o produto de pirotecnia.”Como sei o que preciso, chego no local e peço o determinado produto. No caso de show externo é um tipo de artefato, interno é outro”, afirmou, ressaltando que na banda que ele produzia era ele quem mexia com os artefatos, os músicos nunca se envolveram com os elementos pirotécnicos. Os artefatos eram usados, segundo a testemunha, para dar “mais glamour aos shows”.

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