De acordo com Santé publique France, a agência francesa de saúde, o país bateu um recorde de casos nas últimas 24 horas, com 91.608 contágios. Em Paris, a variante ômicron já seria responsável por quase metade das infecções, mas esse número é provavelmente bem maior. A estimativa é que, de cada 100 parisienses, pelo menos um já tenha sido contaminado pela nova cepa, sem contar os habitantes que não foram testados.
Com a propagação da ômicron, bem mais contagiosa, a França superou nesta quinta-feira (23) o recorde de novembro de 2020 – na época, o país registrou 86.852 infecções provocadas pela alpha, que era a cepa dominante. A circulação viral ganhará ainda mais força com as festas de fim de ano e as reuniões familiares. Após dois anos de epidemia, muitos franceses não estão dispostos a mudar seus planos e o governo francês, até agora, adotou poucas medidas de impacto para conter a circulação viral.
O Executivo aposta na terceira dose da vacina contra a Covid-19 e no reforço do passaporte sanitário para evitar o risco de saturação no sistema hospitalar – o controle de casos parece já ter se tornado um sonho distante. Mas o potencial de transmissão da ômicron pode obrigar a França a tomar medidas mais severas na próxima semana. Estudos relatam que um doente pode passar o vírus para cerca de dez pessoas.
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