A pastora luterana Romi Márcia Bencke defende que o termo “evangélicos” é mal compreendido no Brasil contemporâneo. “Quem são os sujeitos desse universo gigantesco chamado evangélico?”, diz a líder religiosa, reconhecida pela postura progressista.
“Assim como a Igreja Católica é extremamente plural com infinitas igrejas dentro de uma grande igreja, também temos (evangélicos) conservadores, tradicionais, progressistas… Tem de tudo.”
Bencke afirma que o segmento se tornou amplamente conhecido com o advento das chamadas igrejas neopentecostais, mas os protestantes já estão presentes há muito tempo no Brasil. Ela cita dificuldades para a denominação ser reconhecida no período do império e a repressão ocorrida no governo Getúlio Vargas. “Isso fez com que tivéssemos uma presença muito discreta na sociedade brasileira, embora não menos relevante”, explica.
Os evangélicos no Brasil são classicamente divididos entre os grupos de heranças protestantes mais tradicionais (como metodistas, batistas e presbiterianos) e os neopentecostais e pentecostais (igrejas como a Assembleia de Deus e a Universal).
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