Porto Alegre, quinta, 02 de maio de 2024
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De aliado a rival, chefe da Anvisa agora desafia o presidente; veja cronologia; O Estado de São Paulo

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Almirante Antonio Barra Torres, que tem mandato de 5 anos e não pode ser demitido, rompe com governo após série de embates. Diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, deu tom desafiador e pessoal à nota, assumindo para si uma insinuação que Bolsonaro fez genericamente à Anvisa. Foto: Gabriela Biló/Estadão

 

 

Rompido com o presidente Jair Bolsonaro, de quem cobrou retratação em carta pública, o almirante Antonio Barra Torres, atual diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), chegou ao cargo com um perfil alinhado ao do chefe. Médico militar da reserva, ele deixou posto de chefia na Marinha para atuar como indicado de Bolsonaro, de quem se dizia amigo, no órgão regulatório. Desde então, percorreu uma trajetória de afastamento, marcada por seguidos embates com o Planalto, até o rompimento.

A nota de Barra Torres, divulgada no sábado, 8, foi além e revelou um enfrentamento público. Ele cobrou retratação do presidente, que questionou os “interesses” de integrantes da Anvisa em aprovar a vacinação de crianças contra covid-19. Na semana passada, Bolsonaro também afirmou que a agência “virou outro Poder no Brasil” e que seus técnicos são “pessoas taradas por vacinas”.

“Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que, com orgulho, eu tenho o privilégio de integrar”, disse Barra Torres na nota.

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