Porto Alegre, segunda, 06 de maio de 2024
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Prefeitos dizem que reajuste a professores é uma 'bomba' e calculam impacto de R$ 30,4 bilhões; O Estado de São Paulo

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Confederação Nacional dos Municípios avalia entrar na Justiça para reverter decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder aumento de 33,24% para docentes da educação básica. Colégio em São Paulo segue protocolos sanitários para retomada de atividades durante pandemia; Bolsonaro anunciou reajuste no piso salarial de professores da educação básica Foto: Tiago Queiroz/Estadão - 16/06/21

A decisão do presidente Jair Bolsonaro de conceder um reajuste de 33,24% para os professores da educação básica em ano eleitoral provocou reação de prefeitos, que alertam para uma “bomba” nos cofres municipais e o acusam de agir pensando na disputa presidencial. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) calcula um impacto de R$ 30,46 bilhões para as prefeituras. Os prefeitos avaliam entrar na Justiça para reverter a situação.

“Não tem um centavo do governo federal para pagamento do piso do magistério no Brasil. O dinheiro não é da União. É muito bom fazer favor com chapéu alheio”, afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, ao Estadão/Broadcast. “A disputa não é melhorar a educação no Brasil, a disputa é pagar salário atrás de voto.”

O piso dos professores é estipulado de acordo com o custo por aluno, com base em uma lei de 2008. No início deste ano, houve uma discussão se a nova lei do Fundeb, aprovada em 2020, anulou o critério aprovado em 2008 ou se havia a necessidade de uma regulamentação. No dia último dia 14, o Ministério da Educação divulgou uma nota afirmando que o índice de reajuste reivindicado pelos professores não era mais condizente com o novo Fundeb.

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