Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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General e ex-Ministro da Secretaria de Governo Santos Cruz diz que ‘Bolsonaro sempre foi um covarde’, por Ricardo Chapola/Isto É

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Sergio Dutti/ISTO É

Um dos primeiros a deixar o governo Bolsonaro, o ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, prepara-se para entrar de vez na política. Depois de se filiar ao Podemos, mesmo partido do ex-juiz Sergio Moro, o general estuda uma forma de impedir que Lula ou Bolsonaro vençam as eleições de outubro. Uma das alternativas seria a eventual candidatura ao Senado, algo que ele ainda não definiu. Em entrevista à ISTOÉ, o militar disse que seu maior propósito é romper “com o fanatismo que adoece o Brasil e sempre termina em violência”. Ao longo de quase uma hora de conversa em seu apartamento em Brasília, ele atacou as atitudes tomadas por Bolsonaro, em especial quando expôs os nomes dos funcionários da Anvisa, responsáveis pela liberação da vacinação de crianças contra a Covid. “Expor os servidores foi criminoso. Isso é de uma covardia infinita. E Bolsonaro sempre foi covarde”, disparou o ex-ministro, que também chamou o capitão de traidor. “Muita gente que votou em Bolsonaro acreditava no discurso dele. Mas ele é um traidor de carteirinha. Seu governo destruiu a direita e o conservadorismo.”

Qual será o clima das eleições presidenciais deste ano?
Estamos vivendo em um País doente, onde a corrupção está enraizada e há muita gente viciada em dinheiro público. Outro problema é o fanatismo, que já existiu em boa dose na época do PT. Agora, com o governo Bolsonaro, ele virou uma plataforma de governo, fruto de uma ambição pessoal do presidente.

O que Bolsonaro inseriu de novo nesse aspecto?
Um componente muito forte foi a milícia digital. É muito ativa. Uma verdadeira gangue virtual, composta também por pessoas extremistas, que gostam desse tipo de populismo barato que Bolsonaro faz. Gente que aceita o presidente passeando por aí usando dinheiro público. Ou que aceita barbaridades como essa a que assistimos, expondo os funcionários da Anvisa.

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