Com a crise entre a Rússia e a Ucrânia, o continente enfrenta uma das piores ameaças para a sua segurança desde a Guerra Fria, afirmou nesta segunda-feira (7) o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, em Washington. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa ao lado do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.
“Ninguém coloca 140.000 soldados armados na fronteira de um país” sem que isso não represente “uma forte ameaça”, declarou Borrell. “Eles não estão lá para tomar uma xícara de chá”, disse. “Achamos que uma solução diplomática para essa crise é possível. Esperamos pelo melhor, mas nos preparamos para o pior”, resumiu.
Para Blinken, o presidente russo, Vladimir Putin, ainda não tomou sua decisão, “mas se organizou para que, caso decida fazê-lo, possa agir rapidamente contra a Ucrânia, de uma maneira que trará consequências terríveis para o país, a Rússia, e todos nós”. Questionado sobre uma possível invasão russa no país vizinho, Blinken negou que haja “alarmismo.” Segundo ele, a crise ucraniana “é um fato” e não “alarmismo.”
O presidente americano, Joe Biden, enviou tropas americanas à Polônia para proteger os membros da Otan, enquanto os diplomatas trabalham para tentar convencer a Rússia a retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia.
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