Com o acirramento da pré-campanha ao Planalto e da busca por votos no Nordeste, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) travam uma guerra de narrativas pela paternidade da transposição do Rio São Francisco, inclusive com uso de números distorcidos ou incompletos. Ex-ministro da Integração Nacional no governo do petista, Ciro Gomes (PDT) também tem procurado assumir o crédito pelas obras, cuja previsão é beneficiar 390 municípios de quatro estados que, somados, têm 18 milhões de eleitores.
As obras da transposição foram iniciadas em 2008 com um orçamento de R$ 4,5 bilhões, mas passaram por atrasos e modificações ao longo dos anos. Inicialmente com mais de 720 quilômetros de canais, o projeto foi reduzido, segundo o governo federal, para 477 quilômetros após uma renegociação de contratos na gestão Dilma Rousseff (PT). A transposição se divide em dois “eixos estruturantes”: o eixo Norte, que cruza Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte, e o eixo Leste, que avança até o agreste de Pernambuco.
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