Porto Alegre, segunda, 25 de novembro de 2024
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Quebra de safra por clima extremo provoca prejuízos bilionários no campo e pressiona alimentos; O Estado de São Paulo

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Estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil apontam, até o momento, uma quebra de 25,2 milhões de toneladas na produção de grãos no Sul e Mato Grosso do Sul por causa da estiagem. Plantação de soja seca por falta de chuva no Paraná; clima extremo pode influenciar na inflação Foto: Ivan Amorim/ Estadão

A forte seca que atingiu nos últimos meses os três estados do Sul e o Mato Grosso do Sul, bem como a chuva torrencial no Nordeste começaram a apresentar a conta. Estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam, até o momento, uma quebra de 25,2 milhões de toneladas na produção de grãos nessas regiões por causa da estiagem. Neste pacote, estão soja, arroz e as primeiras safras de milho e feijão semeadas nos três Estados do Sul (Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina) e no Mato Grosso do Sul.

A oferta mais apertada de alimentos já bateu nos preços ao produtor e começa a chegar no prato do brasileiro e nos índices de inflação. Em janeiro, a alta dos alimentos respondeu sozinha por 43% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,54%, a medida oficial de inflação. Também em janeiro, o valor da cesta básica de alimentos apurada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) subiu em 16 de 17 capitais.

“Alimentos poderão ser de novo uma surpresa negativa na inflação deste ano”, alerta o economista-chefe da consultoria MB associados, Sergio Vale. Ele revisou em mais de um ponto porcentual, de 4,7% para 5,8%, o IPCA de 2022, em razão dos preços da comida e da gasolina.

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