Diante de abalos na relação mantida pelo presidente Jair Bolsonaro com lideranças evangélicas, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) trabalha numa ofensiva para estreitar o diálogo com pastores e políticos ligados ao segmento. Aliados de Moro têm conversado com o presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), que acenou anteontem com um desembarque da campanha de reeleição. A equipe do ex-ministro já incluiu na agenda reuniões com outras pessoas consideradas próximas ao bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, em meio ao esforço de angariar apoios de descontentes com Bolsonaro.
Um desses nomes no radar de Moro é o ex-prefeito do Rio Marcelo Crivella, sobrinho de Macedo. Após uma frustrada tentativa de se reeleger, em 2020, como apoiador de Bolsonaro, e de ver sua indicação ao posto de embaixador na África do Sul ser recusada, Crivella acalentou uma candidatura a senador neste ano, sem despertar apoio no Palácio do Planalto. No Rio, Bolsonaro estará no palanque do governador Cláudio Castro (PL), que avalia deixar a vaga ao Senado com partidos como MDB, União Brasil e o próprio PL, do senador Romário, que se diz candidato à recondução. O Republicanos também resiste a lançar o ex-prefeito ao Senado, por entender que ele pode ter boa votação concorrendo a deputado federal.
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