Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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Nova lei intensifica censura na Rússia; Deutsche Welle

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Putin assina decreto que, segundo o Kremlin, serve para combater notícias falsas. Jornalistas que se referirem à incursão russa na Ucrânia como "guerra" ou "invasão" podem ser condenados a até 15 anos de prisão. Nova lei, assinada por Putin nesta sexta-feira, levou a uma debandada de veículos e profissionais de comunicação da Rússia.Foto: Andrei Gorshkov/Sputnik/AP/picture alliance

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta sexta-feira (04/03) uma lei que intensifica ainda mais a censura à imprensa no país. Segundo o governo russo, a nova legislação serve para combater notícias falsas. Na prática, aumenta as barreiras para a divulgação de informações, principalmente sobre o conflito na Ucrânia.

Jornalistas que utilizarem os termos “guerra” ou “invasão” em relação à incursão russa em solo ucraniano podem ser condenados a até 15 anos de prisão. Conforme o Kremlin, o que está ocorrendo na Ucrânia é uma “operação militar especial”.

As penas previstas para quem “espalhar informações falsas” ou publicamente pedir sanções à Rússia pela invasão à Ucrânia podem ser de três anos de detenção ou multas. A pena de 15 anos pode ser imputada se as cortes do país julgarem que as notícias causem “consequências graves”.

Depois de bloquear o Facebook no país, o regulador de mídia da Rússia, Roskomnadzor, “restringiu o acesso” à rede social Twitter, segundo informaram agências de notícias russas. Um jornalista da AFP informou que o Twitter não estava mais atualizando o feed no país.

As ações contra mídias sociais mantém a linha de restrições já impostas a outras redes, como a britânica BBC, a americana Voice of America, a rádio Free Europe/Radio Liberty – que tem sede em Praga, na República Tcheca, mas é financiada pelo governo dos EUA –, o website Meduza, da Letônia, além da Deutsche Welle.

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