Porto Alegre, terça, 26 de novembro de 2024
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Porto Alegre: Capital reforça importância da testagem rápida no combate à hepatite C

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Testes estão disponível para toda a população em 132 unidades de saúde. Cristine Rochol/PMPA

 

 

Porto Alegre é a capital do país com maior incidência de hepatite C, segundo dados do Ministério da Saúde, com 47,2 casos por 100 mil habitantes em 2020. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça a importância da testagem rápida, disponível para toda a população em 132 unidades de saúde e no Serviço de Atendimento Especializado Santa Marta (SAE), localizado na rua Capitão Montanha, 27.

Entre as ações desenvolvidas pela secretaria para ampliar o diagnóstico da doença está a estratégia Teste e Trate, criada pela Coordenação de Atenção a Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose. A iniciativa inclui cursos de formação e atualização em testagem rápida voltados a profissionais das unidades de saúde para intensificar a testagem e o vínculo ao tratamento de grupos prioritários.

Na última semana, a Capital recebeu 18 mil testes rápidos do Ministério da Saúde, que foram distribuídos nos serviços. “Com testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde, é possível fazer o diagnóstico da hepatite C em minutos, porém, é necessário realizar ações e campanhas voltadas principalmente à população prioritária dessa infecção”, afirma o hepatologista da SMS, Eduardo Emerim.

Fazem parte do público prioritário da estratégia Teste e Trate pessoas acima de 40 anos, portadores de diabetes e pessoas que tiveram exposição a sangue e derivados, seja por transfusão de sangue antes de 1993, hemodiálise, uso de drogas ou procedimentos estéticos como piercing e tatuagem, pessoas privadas de liberdade, pessoas que vivem com HIV, usuários de álcool e outras drogas, pessoas em situação de rua, entre outras.

Vírus – A hepatite provocada pelo vírus C tem maior chance de se tornar crônica, caracterizando-se como um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. “Um dos grandes desafios mundiais é aumentar a taxa de diagnóstico e facilitar o acesso da população aos serviços de saúde”, comenta Emerim. De acordo com o médico, hoje a terapia é altamente eficaz e segura, com potencial de cura acima de 90%.

Aumentar o número de pacientes em tratamento para eliminar as hepatites virais até 2030 está entre as metas da Capital no Plano Municipal de Saúde e no Plano de Enfrentamento à Doença, lançado em julho de 2021, no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

Texto: Vanessa Conte
Edição: Lissandra Mendonça