A história de Lorraine Cutier Bauer, de 19 anos, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, joga luz sobre a ascensão das mulheres no mundo do crime e sobre como a Justiça as trata. Condenada anteontem a cinco anos de prisão pela primeira vez que foi flagrada com cocaína, crack e maconha nas roupas íntimas, ela obteve uma sentença que lhe daria direito à prisão domiciliar por ter filho pequeno, medida que vem mudando o perfil carcerário feminino do país nos últimos anos. Só que a jovem continuará na cadeia porque, no passado, já descumpriu as regras de benefício semelhante e por ter sido flagrada, em 2021, à frente de uma quadrilha de cerca de 30 traficantes, ainda sob investigação policial.
Hoje, o benefício alcança gestantes e mães de crianças de até 12 anos. Desde 2016, mudanças na legislação contribuem para um esvaziamento das cadeias, o que tem o apoio de juristas. Além de reduzir o inchaço do sistema penitenciário, as condenadas podem acertar as contas com a lei junto dos filhos, o que também tem impacto social na vida das crianças. Em julho de 2021, ao ser presa de novo, Lorraine, mãe de uma recém-nascida, descumpriu as regras de uma autorização de prisão domiciliar anterior.
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