Porto Alegre, domingo, 24 de novembro de 2024
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"Solução para Ucrânia depende da China", diz Celso Amorim; Deutsche Welle

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Para ex-ministro das Relações Exteriores de Lula, sanções do Ocidente são um "desastre" e China é único país com capacidade de persuadir a Rússia. Além da guerra, extrema direita é grande ameaça para humanidade, afirma. Celso Amorim: "Há uma ilusão de que sanções à Rússia são econômicas. É preciso ter clareza: sanções matam" Foto: João Soares/DW

 

 

Em reação à invasão da Ucrânia pela Rússia, potências ocidentais vêm impondo uma série de sanções econômicas ao governo de Vladimir Putin. Para o ex-chanceler Celso Amorim, que chefiou o Ministério das Relações Exteriores nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003 – 2010), a invasão é condenável e um “problema muito sério para o mundo”, mas a adoção de medidas desse tipo pelo Ocidente é equivocada.

Em entrevista à DW Brasil, o ex-ministro argumenta que as sanções levam a uma piora generalizada dos indicadores sociais nos países afetados.

“Primeiro, há uma ilusão de que são sanções econômicas. É preciso ter clareza: sanções matam. Eu dirigi um comitê sobre sanções durante a invasão do Iraque. Naquela época, eram sanções autorizadas pela ONU. Não é o caso agora, o que torna a situação ainda mais grave”, afirma.

Amorim, que completa 80 anos em junho, iniciou sua carreira diplomática em 1965, há quase seis décadas. Experimentado nas mesas de negociação internacionais, o ex-chanceler defende enfaticamente que sejam conduzidas negociações para frear o avanço da guerra na Ucrânia. E, em sua avaliação, esse processo só irá adiante se envolver a China.

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