A espera acabou. Depois de bater na trave quatro vezes, a Grande Rio faturou, enfim, seu primeiro título do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro.
Mais jovem agremiação das 12 que disputam a primeira divisão do samba carioca, fundada em 1988, a escola conquista o inédito caneco após quase 30 anos ininterruptos no Especial.
A Grande Rio passou a maior parte da apuração desta terça-feira (26) em primeiro, abrindo vantagem a partir do sexto quesito (de nove), Alegorias e Adereços, tomando a ponta da Beija-Flor. Depois disso a escola não foi mais ameaçada na leitura das notas.
O vice-campeonato ficou com a Beija-Flor, seguida da Viradouro. A Vila Isabel, com o enredo sobre Martinho da Vila, terminou em quarto, com a Portela em quinto. O Salgueiro fecha o G6.
A São Clemente, que homenageou o ator Paulo Gustavo, morto pela Covid-19, acabou rebaixada.
O desfile que colocou a Grande Rio no panteão das campeãs não foi um desfile qualquer. “Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu”, apresentado ao mundo na madrugada do último sábado (24), pode ser colocado na prateleira dos maiores do século – no mínimo entre os cinco. Já é histórico, mas vai além do clichê.