Atrás nas pesquisas de intenção de voto, o presidente Jair Bolsonaro está expandindo o pacote de medidas econômicas com viés eleitoral, que já pendura uma fatura de no mínimo R$ 82 bilhões para o próximo presidente eleito. É um dispêndio adicional que dificulta o funcionamento de órgãos públicos e programas do governo sem uma mudança na regra do teto de gastos, que limita o crescimento das despesas à taxa de inflação do ano anterior.
O custo do pacote, que inclui aumento de gastos e corte de tributos, deve subir ainda mais e pressiona as contas públicas já nos primeiros meses do próximo governo.
Bolsonaro deu a senha para o problema ao dizer, na sexta-feira, durante uma entrevista a uma rádio de Mato Grosso, que deve rever a regra do teto de gastos após as eleições. Além de Bolsonaro, os outros dois pré-candidatos à presidência mais bem colocados nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT), também defendem a alteração da lei.
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