Para dar conta da demanda de cirurgias eletivas e exames gerais, represada em função dos atendimentos na pandemia de Covid-19, a prefeitura trabalha em parceria com os hospitais da Capital para promover mutirões. Até o momento, aderiram ao programa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) a Associação Hospitalar Vila Nova e o Hospital Restinga Extremo-sul, com início previsto para este mês.
Conforme o diretor-adjunto de Atenção Hospitalar e Urgência, Francisco Isaias, todos os hospitais de Porto Alegre foram consultados para participar da iniciativa. “Como forma de estímulo aos procedimentos cirúrgicos, a prefeitura está remunerando duas vezes a tabela SUS”, explica Isaias.
A ação prevê triagem, exames pré-cirúrgicos e atendimento da cirurgia. Até o final do ano, serão realizados procedimentos rápidos, que abrangem varizes, hérnia, catarata, vesícula, entre outros. No Hospital Vila Nova, a previsão é fazer 400 cirurgias de hérnia por mês, chegando a 3,6 mil procedimentos em nove meses.
Oftalmologia – Com mutirão iniciado na segunda quinzena de abril, a área de oftalmologia tem a maior fila de espera na Capital. Ao todo, 25 mil pessoas estavam na fila em abril deste ano. Nos hospitais Vila Nova e Restinga, estão previstas duas mil consultas extras em cada, além de 500 cirurgias. A estimativa, segundo Isaias, é de que sejam realizadas 9 mil cirurgias e 36 mil consultas oftalmológicas no mutirão.
“A previsão inicial era de que os mutirões começassem em março, mas em virtude dos casos da variante Ômicron de Covid-19, tivemos um pequeno atraso no cronograma”, explica o diretor.
A SMS também trabalha em chamamento público para a contratação de exames de diagnóstico. São itens como ultrassonografia mamária e abdominal, tomografias, endoscopias, colonoscopias e ressonâncias magnéticas. “Pretende-se contratar a realização de aproximadamente 10 mil exames”, completa.
PrefPoa
