Na noite de 11 de maio a CIC Teutônia promoveu workshop com palestra no formato online sobre o tema “Revolução Digital”, evento que integrou a programação da 3ª edição do Dia da Indústria, celebrado no próximo dia 25 de maio. Com o patrocínio das cooperativas Certel, Languiru e Sicredi, o assunto foi abordado pelo gestor de inovação, transformação digital e tecnologia da empresa Piccadilly Company, Rafael Fossati Fritsch.
A mediação esteve por conta da vice-presidente da Indústria da CIC, Cíntia Schmidt. “Este ano a programação pelo Dia da Indústria esteve focada nesta palestra sobre oportunidades e negócios no mundo digital; e no Almoço Empresarial que tratou de desafios e oportunidades do agro brasileiro, realizado no dia 05 de maio. Como entidade, sempre buscamos a representatividade dos nossos associados, oportunizando resultados e temáticas relevantes”, disse, agradecendo a participação de todos.
Era do protagonismo do consumidor
Procurando ser bastante prático, Fossati trouxe conceitos e exemplos de como a revolução digital está presente no dia a dia das organizações e das pessoas. Lembrou que já na década de 1990 se usava esse termo, mas que nos dias de hoje seu conceito é diferente. “Naquela época, quando se falava em inovação o foco estava na redução de custos, na melhoria de processos e de qualidade, na reorganização, o grande objetivo era tornar a empresa mais eficiente, e o consumidor ou cliente poderia ser beneficiado, mas não era o foco. Hoje essa é a grande diferença, entramos na era do protagonismo do consumidor, ele é o centro do processo como um todo, agregamos valor, geramos novos serviços, agregamos experiências. Precisamos nos conectar com o cliente, e isso ‘muda o jogo’”, enumerou.
Como exemplos, falou da “explosão” de aplicativos, mencionou Uber, Airbnb, Alibaba e Apple. “O mundo está nas mãos das pessoas, o mundo está conectado pelo smartphone, que se tornou fator central no nosso dia a dia. A revolução digital se caracteriza pelo acesso massificado a novas tecnologias e inovação. Os próximos passos a serem dados estão fundamentados em três pilares: transações, conexões e imersão, e tudo isso molda a forma como fazemos negócios.”
Mundo virtual como representação do real
O digital impacta as pessoas, como são feitos os negócios, no processo de aprendizagem e na interação. Fossatti ressaltou que para muitas pessoas, o mundo virtual será a sua verdadeira representação do real. “Cada vez mais o avatar será a autoimagem que a pessoa mais gosta, o ‘personagem’ que ela gosta de ser”.
Esse cenário impacta milhões de pessoas diariamente no mundo. “Precisamos aprender a manter o foco no nosso consumidor, isso é essencial para todas as empresas. O digital é um novo mercado de trabalho, uma nova forma como as empresas acontecem. É fundamental ‘abrir a cabeça’ para novas modalidades de negócios”, sugeriu o palestrante.
Entre os exemplos, falou das oportunidades do metaverso, “trazendo experiências cada vez mais imersivas e conectadas, em escalas de milhões de pessoas”. Citou também as tecnologias de realidade aumentada e virtual e o público-alvo distinto para cada ferramenta. “Essa ‘onda’ está vindo para o Brasil também, mas um dos nossos grandes desafios, hoje, é a legislação, contábil e fiscal. É algo ainda muito nebuloso, falta clareza, mas há um debate super extenso sobre o assunto”, ponderou.
Por fim, sugeriu que conceitos de custos e investimentos nesse segmento sejam revistos. “O custo da inovação é inversamente proporcional à criatividade de quem está inovando. Ou seja, podemos ser muito criativos e fazer coisas muito baratas. É preciso olhar em volta e identificar as possibilidades.”