Porto Alegre, terça, 07 de maio de 2024
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PEC 206 quer cobrar mensalidade em universidade pública; entenda o que mudaria com fim da gratuidade, por Iander Porcella e Leon Ferrari/O Estado de São Paulo

Detalhes Notícia
Gratuidade seria mantida para alguns estudantes e valor mensal deve ser definido pelo MEC, conforme proposta; medida está na pauta da CCJ da Câmara desta terça, mas deve ser votada na semana que vem, segundo relator. Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no bairro da Urca, na zona sul; PEC quer cobrar mensalidade de estudantes de universidade pública Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

 

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206/2019 propõe cobrar mensalidade em universidades públicas. A ideia é que as instituições usem os recursos captados para dívidas de custeio, como água e luz, e que a gratuidade seja mantida para alunos que não tenham condições socioeconômicas de arcar com os custos. O valor mensal seria definido pelo Ministério da Educação (MEC).

A PEC estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados, desta terça-feira, 24. Mas, segundo o relator , o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), deve ser adiada para a semana que vem.

O CCJ precisa avaliar a admissibilidade da proposta. Ou seja, se a PEC não viola as cláusulas pétreas da Constituição. Caso seja admitida, tem mérito analisado por uma comissão especial, que pode alterar a proposta original – com prazo de 40 sessões para votação. Só então ela vai ao plenário da Casa Legislativa. Por ser uma PEC, a aprovação depende dos votos favoráveis de 3/5 dos deputados (308), em dois turnos. Após a aprovação em uma Casa, é enviada para a outra, neste caso, o Senado. Se aprovada, é promulgada na forma de emenda constitucional – se houver modificação substancial, não só na redação, ela volta à Casa de origem.

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