Nesta quinta-feira, 26 de maio, às 15h, o especialista em Shoppings Centers e Varejo, Luiz Alberto Marinho, participa da Feira Brasileira do Varejo com o tema: “O futuro das lojas e dos shoppings centers”, na FIERGS. Na ocasião, Marinho falará sobre as mudanças que estão ocorrendo nas relações de consumo, que tem como protagonista um “novo consumidor”, mais exigente, consciente e que vive uma integração orgânica com o on-line. “O digital faz parte da vida dele de forma natural e isso faz com que o processo como um todo, e não apenas a compra, seja influenciado por isso. Ele estará atento a experiências de influenciadores, lives das lojas, mensagens personalizadas fomentando compras, etc. A comunicação toda passa por ali”, explica.
De acordo com o especialista, o shopping do futuro será menos um lugar de compra e mais um local agradável, aberto, iluminado, com paisagismo e espaços de encontros, onde será possível viver bons momentos. “O consumidor não precisa ir a uma loja para comprar, como era no passado. Ele precisa ter bons motivos para ir a uma loja, e isso vai além da necessidade, passa pelo lazer, prazer, entretenimento e socialização”.
Marinho destaca que, alinhado a isso, uma tendência sem volta no varejo é integrar o físico com o digital, tendo uma base de clientes identificados para se comunicar de forma quase que personalizada. “É o que chamamos de Customer Centricity, o foco no cliente”.
O especialista também fará uma análise sobre e-commerce e comércio tradicional, abordando caminhos a ser trilhados para que ambos continuem existindo simultaneamente. “É preciso evoluir o modelo de negócios que, hoje, compra em grande quantidade buscando um melhor preço e vende pela melhor margem. No novo modelo essa equação inverte: preciso entender meu cliente para me abastecer de produtos e serviços que atendam seus desejos e necessidades”.
Para ele, no passado o desafio era fazer o cliente querer coisas. Hoje, é fazer coisas que o cliente queira. “Parece simples, mas é uma mudança importante. Antes o objetivo era vender e, agora, é conhecer o consumidor e se ajustar a isso”.
Marinho aponta que o futuro dos shoppings passa por essa transição, pois eles nasceram como templos de consumo. No novo cenário, uma pessoa pode comprar de onde quiser e, por isso, precisam se transformar em ponto de convergência social: lugar para encontrar pessoas, comer, ter bons momentos, ir ao cinema. “O shopping tem que ser destino de lazer e entretenimento. Isso representa a “Disneyficação do shopping. As pessoas não vão à Disney para comprar, e sim se divertir. Mas ninguém sai de lá sem comprar algo. No shopping será parecido.”
O especialista destaca que o Brasil acompanha bem essas tendências, estando à frente de muitos países por dois motivos: os shoppings são localizados, geralmente, em centros urbanos e possuem mix diferenciado, com estabelecimentos comerciais e opções de entretenimento. “Valorizamos muito a socialização”, afirma.
Em Porto Alegre, Luiz Alberto Marinho, destaca o Pontal Shopping como um empreendimento que já nascerá alinhado a todos os conceitos do shopping do futuro. “A começar pela localização privilegiada, à beira do Guaíba. E, quando pronto, as pessoas terão opções variadas para compras e lazer, como um rooftop com restaurantes onde será possível comer e apreciar a natureza, um parque púbico para caminhar e uma arquitetura diferenciada, aberta, mais agradável que o caixote fechado. Ou seja, contemplará todas as tendências”, finaliza.
