O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer, nesta quarta-feira (8/6), que não cumprirá decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração ocorreu durante palestra do chefe do Executivo a empresários da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e foi uma referência à questão do novo marco temporal, em julgamento na Corte. Bolsonaro também repetiu ataques a magistrados do STF e, a exemplo de terça-feira, disse que o ministro Edson Fachin é um “marxista-leninista”. A fala foi aplaudida por parte dos empresários.
“Há sombra, agora, perante os produtores rurais: ‘Ah, o Supremo deve decidir sobre o novo marco temporal’. Se for aprovada a tese do Fachin, que é um marxista-leninista, ex-advogado do MST, nós passaremos de 14% para 28% do território nacional demarcados como terras indígenas, equivalente às regiões Sudeste e Sul. Se aprovar isso, o que que eu faço? Decisão do Supremo não se discute, se cumpre? É isso?”, questionou.
Em seguida, Bolsonaro disse que tem duas opções caso a medida seja aprovada pelo STF. “Entregar a chave para Fux (Luiz Fux, presidente do STF), ou falar: ‘Não vou cumprir’. Isso é afrontar o Supremo? Não é afrontar”, alegou.
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