Um julgamento inédito aberto na França aumenta a pressão sobre as multinacionais que atuam no Brasil, em especial as que lidam com o agronegócio. Onze organizações ambientais francesas e de povos indígenas do Brasil e da Colômbia protocolaram a ação, cuja primeira audiência ocorre nesta quinta-feira (9), contra o grupo Casino, dono do Pão de Açúcar e do colombiano Éxito.
As entidades acusam a gigante varejista francesa de não cumprir uma lei pioneira da França, de 2017, segundo a qual as companhias com mais de 5 mil funcionários têm um “dever de vigilância” quanto a violações ambientais e dos direitos humanos nas suas filiais pelo mundo. As organizações denunciam que o Casino, com suas marcas locais, comercializa produtores ligados ao desmatamento ilegal na Amazônia. Um relatório do Centro para Análises de Crimes Climáticos (CCCA), baseado em Haia (Holanda) e divulgado na semana passada, aponta que produtores fornecedores de gado a três plantas controladas pela JBS em Rondônia foram responsáveis pelo desmatamento ilegal de 50 mil hectares da Amazônia, incluindo áreas da reserva do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau.
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