No início de 2019, quando havia acabado de ser derrotado nas urnas e o ex-presidente Lula ainda estava na cadeia, o PT contratou um escritório de advocacia para elaborar um “programa de combate ostensivo à corrupção”. O objetivo era estabelecer regras mais claras e rígidas para prevenir desvios de conduta de seus dirigentes e colaboradores e criar um setor de compliance, que ficaria responsável por fiscalizar e punir malfeitos.
O trabalho foi desenvolvido por um escritório sediado no Paraná, terra da presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann, e custou R$ 150 mil. O serviço foi concluído no início do ano passado, quando foram apresentados à cúpula petista a proposta de um manual anticorrupção e de uma resolução com normas a serem seguidas pela área de compliance.
Os documentos foram apresentados pelo PT à Justiça Eleitoral para justificar o contrato com o escritório de advocacia. O manual continha 21 artigos que listavam oito condutas consideradas ilícitas, como “oferecer vantagens indevidas de qualquer natureza para se obter qualquer finalidade lícita ou ilícita”, a famosa propina, e “ocultar a origem ou o valor de contribuições e doações recebidas”, o popular caixa dois.
Leia mais em Metrópoles